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Lamúrias de um poeta sem ideias

Atualizado: 26 de mar. de 2021

Oh, saudade qual sinto dos tempos versados meus

Onde, sentado no chão imundo,

Me havia de ler um livro

E, pertencendo, feliz, a tal mundo,

Escrevia uma poesia sobre os encantos seus

E dava graças a Deus e a Apolo por haver, como poeta,

Nascido.


Oh, tempo que vai e já não mais volta

Ai de mim, que tristeza, que tristeza!

Tempos que passam num segundo, na memória

Mas mantém-se encravados em meu peito, com presteza.


Oh, que saudade d'onde me sentava, no chão sujo

Mas agora, de imundície e sujeira, basta-se meu ser

Cuja natureza tornara-se imunda e o coração escuro

Cuja poesia, outrora multicolor,

Renascera cinza tal qual transformou-se o viver.


Ao Diabo, que a tanto me aporrinha:

Saiba que vencera, oh, Inimigo

Pois não me deixara nada além da carne fria

Já que Minh’alma abandonou qual corpo vivo.


Mas, acalma-te, não tarda:

Chegará o dia, Satã maldito

Em que a poesia, retornada,

Voltará a ser boa comigo.


(Crédito da imagem: Wallace Chuck)

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