Crianças da noite
- Miguel Bento Nery

- 26 de ago. de 2020
- 1 min de leitura
Ela morava próximo a uma floresta
Daquelas de paredes de escuro
Onde a luz da lanterna não vai longe
Um escuro que emitia sons
E que guardava perigos e segredos dos mais variados
Não lembro se a lua estava no céu
Sinto que devia estar cheia
Com sua prateada presença a banhar nossos corpos
Enquanto caminhávamos o chão de terra
Naquela noite acasalamos
Dois corpos numa cama estreita
Pela janela o escuro observava
Nossos corpos ainda prateados se contorciam
Uma coluna se arqueava sobre a outro
O suor empapava e a carne tremia
E as almas uivavam
E uivando invoquei o Rei Goblin
Travesso do falo que baba
Os uivos agora urravam
As costas agora arranhadas
Contrações que nos levitavam
Se enroscando em espasmo
Como duas serpentes em Oroborus
Prazer violento que termina em suspiros
A força cansa, o corpo mole
Ela relaxa sobre meu peito e dorme
Dormimos enquanto o sol nasce












































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