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Romance com a lua

Atualizado: 25 de mar. de 2021

Não invejava a lua do céu em nenhuma grama

Pois tinha duas em uma, perpetuamente cheias, na cama.

Atraindo-me com uma gravidade vil

Não importava o quanto eu afastasse o quadril.


Em epítome, a conheço de vários anos

Seu nome? Perguntei somente em sonhos.

Mas também minha boca apenas a clamava

Enquanto a dela vivia sempre ocupada.


Toda noite era uma rotina, porém inovadora

Uma hora era a vítima, em outra a devoradora.

Essa troca de cargos em todas as noites eram êxtase  

E quando era dia criávamos um eclipse.


Em suas crateras profundas mergulhava sem piedade

Era estimulante quando me acusava de maldade.

Não gastávamos minutos nem horas, mas dias

Quando nossos corpos cessavam de cansaço, esvaia-se as alegrias.


Mas de suor, lágrimas e gemidos originou-se vida pródiga

Por isso lancei um último foguete em sua órbita.  

Como colonizador voltei de uma missão histórica voluntária

O sistema solar inteiro já tinha uma de minhas pegadas.


Passei a invejar totalmente a lua do céu com olhar sério

Perguntava se eras apenas ela estéril.

A outra questionou porque eras desconhecida em meu semblante.

Mas a disse quem nem sabia vosso nome.


 
 
 

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